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Saturday, December 10, 2016

Black Christmas (leve este presente para casa)


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Saturday, September 10, 2016

RUA (Respeito União Arte)

                                                                 
                                                                   
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O álbum rua simboliza a parceria de longa data entre o emcee do bairro da Machava-Sede, Templário (O Liricida) e o produtor do bairro do alto-mae, de nome Billy Ray. A materialização deste álbum vinha sendo ensaiada desde o ano de 2013, quando os dois atores do hip-hop moçambicano decidiram em nome do Respeito (que cada um tem para com outro, como intervenientes da cultura hip-hop) Unir-se (através de tambores e palavras) para fazer aquela que é a sua Arte de coração, o RAP. No referido ano de 2013 os dois convidaram os rappers Terabyte Espadachim, Pensamento e 16 Cenas e gravaram a musica “Guilhotina”, que representaria o começo dessa nova jornada na conceptualização do álbum RUA.
Por razões de vária índole ficou-se apenas por aquela música (em 2013). Templário e Billy Ray reapareceram e gravaram a música “Dirty Play”, esta que conta com participação do rapper L Preto, membro da Back Tengah e do Metronomo. Esta faixa faz hoje, também parte do álbum, tendo sido regravada nos estúdios da Tchaya Records, laboratório onde todo o álbum RUA foi trabalhado. Aliás, a faixa “Dirty Play” ostenta, hoje, neste projecto o título de L.A.S.T (Living And Surviving Time).
Inicialmente, estava previsto que RUA contemplasse o maior número possível de participantes (principalmente rappers), entretanto, numa longa análise, Templário decidiu explorar cada vez mais o seu lado liricista, escrevendo mais versos para cada música. Algo que, naturalmente não teria acontecido se cada uma dessas músicas tivesse participantes. Sendo assim, em termos de execução em RAP, o álbum conta apenas com a participação dos rappers 16 Cenas e Proud (este último, por sinal membro que faz o duo com o Templário, no grupo Qontrovérsia).
O álbum RUA foi gravado entre os meses de julho e Novembro de 2015, sendo que a sua previsão de lançamento (nessa altura) era projetada para fevereiro de 2016. Este álbum é composto por oito faixas. Um facto curioso neste álbum é que todas as suas faixas estão intituladas em siglas (tendo sido, de forma criativa, atribuídas um determinado significado, em função do conteúdo da respectiva letra).

TRACKLIST

G.O.A.T (Greatest Of All Time): Neste tema, que é na verdade o “Open Act” do álbum falta-nos palavras para descrever a perfeita combinação do jogo de palavras (ainda que simples, que se diga) e a estrondosa composição rítmica feita por Billy Ray. Templário explora ao máximo um uma única terminação rimática para as três estrofes desta música, se exibindo sem limites como um “Agent 47” em matéria de “battle” RAP. Como sempre, nesta música Templário não obedece ao padrão dos dezasseis versos internacionalmente estabelecidos como o número ideal para cada uma três ou duas faixas de uma música RAP. Percebe-se claramente que em cada uma das três composições deste álbum, Templário apresenta acima de vinte versos para cada estrofe.

L.I.F.E (Living Itinerary For Eternity): neste tema o rapper da Machava explora – mais uma vez de forma muito simples, ainda que esteja registrada, como sempre, a sua consistência no esquema emparelhado e cruzado de rimas – questões que hoje, de alguma forma são parte da nossa amnésia social. Templário fala dos aspectos que fundamentam a sua existência como emcee. Trata-se de aspectos que lhe inspiram no dia-a-dia a fazer as suas composições. Esta faixa conta com participação, no refrão do Leonel.

H.O.M.E: este um tema virado essencialmente para os problemas peculiares daquela que é a casa de todos nós, Moçambique. Numa produção melancólica de Billy Ray, Templário encarna o seu lado storyteller e liberta os seus sentimentos em relação aos dilemas do seu querido País.

B.A.D (Bars About Death): este é um mais tema típico dos que melhor caracterizam este projeto. B.A.D é daquelas exibições em que só se testemunha em círculos ou rodas de freestyles nas ruas. Nesta faixa está também anexada a voz do rapper 16 Cenas, resgatada da música Guilhotina (esta que teria sido, por sinal, conforme já referido acima, a primeira experiência deste projecto).

D.I.R.T (Da Invincible Raw Team): junto do seu parceiro de longa data nestas coisas de (de rap, rap, como diria o lendário produtor e emcee P. Underground) de rimar, o rapper Proud, Templário exibe mais vez o seu potencial em termos de wordpaly e de afirmação como (também) um battle emcee, algo que não prefere ostentar. Esta música é por sinal das poucas, do álbum em que Billy Ray recorre também aos samples para a sua composição rítmica.

F.O.D.A (Fuck Or Die Aiming): fora de padrões era o tema inicial desta música, afirmação que por sinal pode ainda ser ouvida no refrão desta composição. Templário neste trabalho, que é na verdade o seu retrato real como pessoa, como um profissional, e como um rapper, mostra para o mundo os (seus) princípios que o orientam em cada um daquelas suas facetas. “Eu sigo caminhos jamais trilhados na historia. Vivo fora de padrões. Eu vivo as minhas escolhas, aprendi a fazer escolhas que a escola não ensina”. Esse é um extrato do refrão desta música que conta com a participação, na interpretação deste mesmo refrão, do cantor Dércio. Este que já vem colaborando com o grupo Qontrovérsia desde a música “Febre da vida” que conta também com a participação do rapper Pitcho.

L.A.S.T (Living And Surviving Time): Em mais um episódio da saga “Agent 47”, encontramos neste tema um Templário revestido da sua ferradura, pronto para o massacre. O rapper se apresenta nesta faixa, colaborando com o rapper L Preto (este que com a sua “monstruosa” voz) e fazem um refrão de arrepiar a qualquer um. Billy Ray também se exibe nesta musica, em termos de instrumentalização, de uma forma bélica. Tendo selecionado alguns dos seus melhores tambores para o efeito.

CA.S.H (Carta Aberta á Senhora Hip-Hop): nesta  música pode se pressentir uma espécie de despedida do rapper, da cultura Hip-Hop, pelo menos como emcee, Templário personifica o Hip-Hop (música) e faz uma espécie de um sermão ao mesmo. Começando pelas origens desta cultura e os propósitos para as quais os seus mentores (fundadores – Kool Herc; Afrika Bambatta; entre outros) a criaram até ao atual cenário em que esta música conseguiu se estabelecer como um negócio milionário. Templário expressa o quão o seu amor era enorme pelo Hip-Hop (o que esperamos que continue sendo), mas que se sente desampontado, se calhar ate traído por este seu “amor” que é o Hip-Hop.

RUA


Sunday, July 10, 2016

O VII SELO


                                                             
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Dizem que a guerra é necessária porque a Guerra traz paz
Nesta terra precária onde terra é o que há demais
Para mais enterros coletivos
Vivemos aos suspiros
E morremos a tiros

Cada dia é uma incerteza
É um misto de pânico, agonia e tristeza
É angústia demais que até a alegria tem inveja
O Sol nasce, é mais um dilema sobre a minha mesa
Por causa das balas de ontem a vizinha só rasteja
Será que hoje é minha vez?
Ou é depois deste mês!
Ninguém garante porque aqui não há conversa
Aliás, palavras para quê se as armas falam mais alto
Eles matam lá no campo
E se acampam cá no asfalto
Fardamentos para quê!
Se os fatos e as gravatas são a camuflagem
Apontamentos para quê!
Se os factos lá nas matas não merecem reportagem

É o jogo da morte
Quem mata mais tem em dobro a sua sorte
Dinheiro é poder
Primeiro é para f*der
Eles não matam porque há gente que não mereça viver
Eles matam, simplesmente, porque há gente para morrer
Somos apenas carne de canhão, por isso retalham-nos sem critério
Invés de um cemitério
Somos sepultados na Estatística
Afinal, somos apenas números e não há sentimentos na política

São os senhores da Guerra
Os donos das nossas vidas
A única gente que prospera
Enquanto nós lambemos as feridas
E o mínimo que o povo espera
São funerais humanos para essas vítimas
A cada dia põe-se à prova a nossa fé
Só mesmo a esperança para manter-nos de pé


Refrão
Nós queremos viver
A guerra é tudo que nós não queremos aprender
A esta Terra, e ao Mundo queremos dizer
Que nós somos uma flor
E queremos crescer
Num Jardim cheio de Cor
Só o tempo, e mais nada nos deve murchar
Só o vento, e mais nada nos deve expulsar
Nenhum homem de vós é dono de nós
Que se calem as armas, e se escute a nossa Voz

O VII SELO


                                                             
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Dizem que a guerra é necessária porque a Guerra traz paz
Nesta terra precária onde terra é o que há demais
Para mais enterros coletivos
Vivemos aos suspiros
E morremos a tiros

Cada dia é uma incerteza
É um misto de pânico, agonia e tristeza
É angústia demais que até a alegria tem inveja
O Sol nasce, é mais um dilema sobre a minha mesa
Por causa das balas de ontem a vizinha só rasteja
Será que hoje é minha vez?
Ou é depois deste mês!
Ninguém garante porque aqui não há conversa
Aliás, palavras para quê se as armas falam mais alto
Eles matam lá no campo
E se acampam cá no asfalto
Fardamentos para quê!
Se os fatos e as gravatas são a camuflagem
Apontamentos para quê!
Se os factos lá nas matas não merecem reportagem

É o jogo da morte
Quem mata mais tem em dobro a sua sorte
Dinheiro é poder
Primeiro é para f*der
Eles não matam porque há gente que não mereça viver
Eles matam, simplesmente, porque há gente para morrer
Somos apenas carne de canhão, por isso retalham-nos sem critério
Invés de um cemitério
Somos sepultados na Estatística
Afinal, somos apenas números e não há sentimentos na política

São os senhores da Guerra
Os donos das nossas vidas
A única gente que prospera
Enquanto nós lambemos as feridas
E o mínimo que o povo espera
São funerais humanos para essas vítimas
A cada dia põe-se à prova a nossa fé
Só mesmo a esperança para manter-nos de pé


Refrão
Nós queremos viver
A guerra é tudo que nós não queremos aprender
A esta Terra, e ao Mundo queremos dizer
Que nós somos uma flor
E queremos crescer
Num Jardim cheio de Cor
Só o tempo, e mais nada nos deve murchar
Só o vento, e mais nada nos deve expulsar
Nenhum homem de vós é dono de nós
Que se calem as armas, e se escute a nossa Voz

O VII SELO


                                                             
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O VII SELO


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O VII SELO


                                                             
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Dizem que a guerra é necessária porque a Guerra traz paz
Nesta terra precária onde terra é o que há demais
Para mais enterros coletivos
Vivemos aos suspiros
E morremos a tiros

Cada dia é uma incerteza
É um misto de pânico, agonia e tristeza
É angústia demais que até a alegria tem inveja
O Sol nasce, é mais um dilema sobre a minha mesa
Por causa das balas de ontem a vizinha só rasteja
Será que hoje é minha vez?
Ou é depois deste mês!
Ninguém garante porque aqui não há conversa
Aliás, palavras para quê se as armas falam mais alto
Eles matam lá no campo
E se acampam cá no asfalto
Fardamentos para quê!
Se os fatos e as gravatas são a camuflagem
Apontamentos para quê!
Se os factos lá nas matas não merecem reportagem

É o jogo da morte
Quem mata mais tem em dobro a sua sorte
Dinheiro é poder
Primeiro é para f*der
Eles não matam porque há gente que não mereça viver
Eles matam, simplesmente, porque há gente para morrer
Somos apenas carne de canhão, por isso retalham-nos sem critério
Invés de um cemitério
Somos sepultados na Estatística
Afinal, somos apenas números e não há sentimentos na política

São os senhores da Guerra
Os donos das nossas vidas
A única gente que prospera
Enquanto nós lambemos as feridas
E o mínimo que o povo espera
São funerais humanos para essas vítimas
A cada dia põe-se à prova a nossa fé
Só mesmo a esperança para manter-nos de pé


Refrão
Nós queremos viver
A guerra é tudo que nós não queremos aprender
A esta Terra, e ao Mundo queremos dizer
Que nós somos uma flor
E queremos crescer
Num Jardim cheio de Cor
Só o tempo, e mais nada nos deve murchar
Só o vento, e mais nada nos deve expulsar
Nenhum homem de vós é dono de nós
Que se calem as armas, e se escute a nossa Voz

Saturday, March 26, 2016

F.O.D.A (Fuck Or Die Aiming)

Essência da música: F.O.D.A (Fuck Or Die Aiming) é o título do segundo single promocional do álbum R|U|A. Este que é resultante de uma colaboração entre dois amigos – já de alguns anos – o rapper Templário e o produtor (também rapper) Billy Ray. Sendo que neste álbum Billy Ray aparece apenas como Produtor.

F.O.D.A é reflexo da forma como Templário observa, interpreta e aborda as várias questões da vida, através de seus próprios pontos de vista. É também uma narrativa sobre a forma como este rapper cresceu, aprendendo a ser feliz com o pouco que se podia ter, mas acima de tudo acreditando que, se existe pouco é porque existe muito. E que tudo é uma questão de tempo e determinação. Ainda que abordada de forma particular – afinal, este é também um tema de autoproclamação – o Liricida (Templário) acredita que esta música, num ou noutro aspecto, ela poderá ser espelho de tantas outras pessoas que se querem libertar, querem se exprimir e compartilhar com o mundo as suas loucuras.

Na verdade a expressão “Fuck Or Die Aiming” aqui não é traduzida de forma literal. Ela significa, na concepção do autor (O Liricida) uma forma de dizer “Fique Independente ou Morra Tentando”. Afinal, é na verdade isso que todos nós almejamos, atingir todas as formas de Independência: financeira, económica, social, artística.
Composição lírica: nesta letra podemos encontrar uma estrutura completamente organizada num esquema de rimas cruzadas, interpoladas e emparelhadas. Aliás, Templário já há muito que nos habitou com esse rigor e cuidado que os mantêm com uma fidelidade dos pombos.

Composição Instrumental: ritmicamente encontramos nesta música uma base tradicional (boom bap), ainda assim, pode se perceber que os bombos e tarolas (drums e snares) são tocados de forma inovadora. Esta é uma instrumental feita sem recurso á sons adicionais (samples), sendo que todos os sons e melodias foram originalmente tocados por Billy Ray. Aliás, para os que já o conhecem (e não são poucos) sabem de que apenas uma em cada cem instrumentais é que este produtor recorre a sons já usados (samples). Até porque estamos a falar de um produtor que pelo menos em Moçambique, sua terra, não tem mais nada a provar para ninguém sobre aquilo que é o seu talento e suas habilidades para produzir instrumentais de padrão internacional.

Estúdio: O álbum R|U|A foi gravado misturado nos estúdios da Tchaya Records, na capital moçambicana.     
                                                                        
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