Sossega no paraíso
a alma vestida de uma batina alvo
cordas de coiro fazendo seu calçado
mesmo sem trilho
para sobre a terra marcar
em campos mortos trilhou
por vilarejos carentes passou
e na terra ate hoje se faz palestrar
não sei de que raça o homem era
pois nem a minha pròpria sei
tão pouco ainda conheço
nem sei se alguma mereço
o homem não me ensinou a ver raças
a ver cores
mas a ver gente
a ver a mim pròprio como parte das massas
aos homens,
o homem ensinou a crêr para ver
porêm os homens querem ver para crêr
desabotou-lhes caminhos
e eles tornaram-los em labirintos
ensinou lhes a dar e receber
paz,amor e liberdade
mas eles
so aprenderam a exigir e vender
ontem,
hoje e sempre
o homem falou de luta
e os homens dizem guerra
disse nunca
rios de lágrimas e sangue irão tangir a terra
no entanto hoje não sorrisos
não se testemunha que se chame sucessos
sem tais rios.
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